terça-feira, 30 de março de 2010

       Já se disse que "Engenharia é tão-somente aplicação da física aliada ao bom-senso" [LUZ, Antônio Máximo Ribeiro, Professor Emérito da UFMG (Belo Horizonte, MG, Brasil] [1]. Com os mais recentes avanços da ciência e da tecnologia, pode-se aperfeiçoá-lo: Engenharia é aplicação prática de algum conhecimento especializado aliado ao bom-senso.
     Digno de nota é o fato de tradicionalmente as engenharias terem lidado apenas com objetos concretos, palpáveis. Modernamente, porém, esse cenário mudou e deu lugar ao trato também de entidades ou objetos abstratos, não-palpáveis. Tais são, por exemplo, as engenharias de custos, informática, de software, entre outras. Numa certa medida, não rigorosa, pode-se incluir nesse novo rol, também as engenharias do ambiente e genética, com as reservas que lhes são próprias. Toda engenharia, contudo, envolve certo grau de abstração.
      Com as engenharias, conhecimentos científicos e técnicos e a experiência prática são aplicados para exploração dos recursos naturais, para o projeto, construção e operação de objetos úteis e para o planejamento urbano e ambiental, entre tantas aplicações.
      Atualmente, a exigência de soluções mais precisas para diversos problemas abrangidos pela engenharia demanda a aplicação de modelos físicos e de modelos matemáticos, incluindo o tratamento de processos de resolução compostos por sistemas de equações diferenciais, que fornecem sistemas de equações algébricas, após tratamento por métodos numéricos adequados, como o método dos elementos finitos e o método das diferenças finitas. Esses métodos são compostos por um forte arcabouço matemático e um conjunto de técnicas, para obter soluções simultâneas, usualmente acopladas, para grande número de variáveis e graus de liberdade daqueles problemas. Tal abordagem é a computacional, objeto de trabalho, pesquisa e desenvolvimento da modelagem computacional.